A marmota de um amazonense que deu certo - o 'Leite de Rosas'







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Data do post: 21/12/2017 - 12:07

A marmota de um amazonense que deu certo - o "Leite de Rosas"

Francisco Olympio de Oliveira, seringalista do Amazonas, muda-se para o Rio de Janeiro, com 52 anos de idade, a esposa, e uma marmota na cabeça: criar um produto para a preservação da beleza feminina.




Francisco Olympio de Oliveira



Um amigo farmacêutico lhe ajuda no desenvolvimento da fórmula que eles chamaram de Leite de Rosas. Em sua própria casa, no Bairro de Laranjeiras, Zona Sul do Rio, Francisco e a esposa produzem sua marmota e engarrafam as primeiras unidades do seu novo produto.

Para não incomodar a vizinhança, Francisco fecha as caixas de madeira usadas para despachar a mercadoria, martelando-as só na hora em que o bonde passava. O primeiro registro, de 1929, confere à empresa “F. O. de Oliveira”, o direito de produzir e comercializar o Leite de Rosas.

Na década de 30, a família muda-se para o Jardim Botânico e instala a empresa na garagem da casa, contratando então seu primeiro funcionário.

Francisco Olympio, um visionário com grande talento para o Marketing (quando ninguém usava este termo), passa a divulgar o Leite de Rosas, através de meios de comunicação até então pouco explorados: Cola cartazes de propaganda nos postes das ruas do Rio durante as madrugadas, apesar da proibição existente; usa o rádio – um poderoso meio de comunicação que acabara de surgir – para anunciar o produto, patrocinando astros como Orlando Silva e Elza Marzulo; e marca presença constante nas revistas mais famosas da época, como “Fon-Fon”, “Jornal das Moças” e “Revista do Rádio”.









Na vanguarda do seu tempo, Leite de Rosas foi o primeiro anunciante a mostrar moças de biquíni em suas peças de publicidade.

Introduzindo o conceito de grandes promoções com consumidores no país, “Escreva uma carta para Judy Garland”, promoção do Leite de Rosas, tem enorme repercussão. O slogan “O preparado que dá it”, entra em todas as casas brasileiras, transformando o Leite de Rosas no produto mais almejado da época.

A marca Leite de Rosas se solidifica como sinônimo de glamour e sucesso.

Em 1961, Henrique Ribas, genro e sucessor de Francisco Olympio, assume o comando da empresa da família, após o falecimento do seu fundador. Grande empreendedor, Henrique Ribas expande a empresa.

Em 1967, Leite de Rosas deixa definitivamente a sua famosa embalagem de vidro e passa a ser  comercializado em frascos plásticos.





Antigo frasco de vidro do Leite de Rosas. 1929.



A primeira embalagem plástica já tinha a combinação de cores atual, porém o frasco era branco e o texto rosa. Logo depois, invertendo-se o jogo de cores (o frasco passou a ser rosa e o texto, branco) cria-se uma forte identidade da marca, consolidada até hoje.






Frascos passam a ser de plástico. 1967.


A nova embalagem baixa o custo do produto, tornando-o acessível à todos e ainda gera muitos empregos, colocando a Leite de Rosas, como quinto maior transformador de plásticos do estado do Rio de Janeiro. 

Hoje, no mercado há 75 anos, a empresa é uma das marcas mais tradicionais do Brasil. Uma pesquisa do Instituo Gálope revelou que 80% da população brasileira é familiarizada com o produto. As vendas do produtos giram em torno de R$ 70 milhões de frascos por ano.

E aí? Foi ou não foi uma marmota que deu certo?




*invencoesbrasileiras.com.br
http://www.leitederosas.com.br/historia
Imagens: Divulgação.




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